quinta-feira, 2 de maio de 2013

A vida amorosa de um pequeno nerd

Eu sempre fui um cara romântico. Sempre quis uma namoradinha pra dividir meus dias nesse mundo solitário e quando eu era moleque, vida amorosa se resumia em imaginar como seria uma vida amorosa de verdade.

Antes de ser NERD significar ser legal e descolado, ser NERD significava que você estava fadado a ter uma infância e adolescência de MERDA! Ser nerd no meu tempo era ruim, ninguém queria ser seu amigo e nenhuma menina no mundo queria se aproximar de você (com exceção das que você não queria se aproximar).
Não, eu não sou essa moleke, mas era com certeza mais feio!
Na verdade eu nunca fui esse esteriótipo que inventaram de Nerd. Eu nunca fui extremamente inteligente e sempre tive dificuldades em me dar bem nas matérias, tirando a de Educação Artística. Sempre gostei de desenhar. Os garotinhos me chamavam de nerd por que minha mãe me obrigava a usar esses óculos gigantes e horríveis com um puta penteado idiota que só ela achava lindo enquanto eu desejava secretamente a morte.

Juntando tudo isso com a minha profunda timidez, eu era um fracasso.

Minha primeira paixão platônica foi uma garota loirinha que se chamava Aline. Loira, olhos azuis, pele clara e já tinha um corpo desenvolvido pra idade. A mina perfeita pra eu me fuder! Eu sinceramente amava ela, sério. Gostava tanto dela, mas tanto dela, que não conseguia ficar perto dela. Eu tentava, mas não conseguia. E ela como todas as garotinhas maldosas e cheias de si, sabia que eu gostava dela e me fazia sofrer. Pelo menos eu pensava isso. Acho difícil que ela não tenha percebido. Eu arrastava um bonde por aquele menina.

Escrevia cartas, mas não tinha coragem de entregar. Queria falar com ela, mas não tinha coragem de falar nada. Eu era um bosta. Mais tarde no ano letivo da escola eu até consegui trocar algumas palavras com ela, mas sem muito sucesso, já que as minhas táticas de sedução eram as piores possíveis. A minha aparente nerdisse não deixava que as garotas olhassem pra mim, mesmo!

Era como o Cirilo e a Maria Joaquina, só que eu ñ era neguinho.

Me restava ficar imaginando como seria se ela me olhasse e passar os dias com minha vida de bosta...

Até que um dia como um sonho que se realiza ela vem falar comigo. Não me lembro do que conversávamos e o por que ela decidiu vir até mim, mas aconteceu algo que eu não esperava nem um pouco. Ela olhou pra mim e disse: "Eu gosto muito de você!".... eu respondi que também gostava muito dela e nos beijamos loucamente.

Ta bom, isso não aconteceu. Ela na verdade nunca me deu bola e eu sofri calado com meu amor platônico. Bom, é normal não é?! Toda criança já teve seus amores juvenis e não correspondidos. O problema é que esse foi apenas um dos que eu tive. Fui definitivamente um moleque muito sonhador. fazer o que...

Nunca mais vi essa menina, mas hoje sou um homem lindo e charmoso que se ela visse de novo, não deixaria passar... Ta bom, ta bom. Inventei isso também.  

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